11 janeiro 2018

Resenha - Tudo Junto e Misturado, Ann Brashares


Livro: Tudo Junto e Misturado
Autor(a): Ann Brashares
Editora: Seguinte
Páginas: 336
Adquira: Submarino | Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Sasha e Ray sempre passam o verão na velha casa de férias da família. Desde pequenos, os dois dividiram muitas coisas — leram os mesmos livros, correram pela mesma praia, comeram pêssegos colhidos na mesma fazenda, tomaram café da manhã sentados à mesma mesa. Até dormiram na mesma cama, mas nunca ao mesmo tempo. Afinal, eles jamais se encontraram. O pai de Sasha um dia foi casado com a mãe de Ray, e juntos tiveram três filhas: Emma, Quinn e Mattie. Mas o casamento acabou, deixando para trás apenas rancor e ressentimentos. Os dois casaram de novo e formaram novas famílias, mas nenhuma delas pretende desistir da casa de praia, muito menos compartilhá-la. Até este verão. As vidas de Sasha e Ray estão prestes a se cruzar — e, com tudo junto e misturado, as famílias vão mudar para sempre.


Tudo Junto e Misturado de Ann Brashares narra a história de uma família bem incomum e uma relação de ódio que teve início no casamento de Robert e Lila, pais de Emma, Quinn e Mattie. Após o conturbado divórcio entre o casal, Lila e Robert não possuem qualquer tipo de relação, nem ao menos se toleram. Ambos seguiram com a vida, se casaram novamente e tiveram mais um filho cada. Lila agora é mãe de Ray e Robert é pai de Sasha, os dois com 17 anos.

Como se não bastasse a difícil relação que possuem, Lila e Robert também dividem uma casa de praia que hora é ocupada pela família de Lila e hora pela de Robert, não podendo qualquer ocupante permanecer além do horário determinado, exceto as três filhas em comum do casal. Ray e Sasha cresceram nesse ambiente agitado, dividindo as meias-irmãs, o mesmo quarto e até os mesmo questionamentos, embora nunca tenham se visto pessoalmente.

Mesmo sem de fato se conhecerem, Ray e Sasha tem uma ligação e o desejo de estar em um mesmo ambiente algum dia. Parece impossível devido aos confrontos entre seus pais, no entanto algo está para mudar e reunir essa família disfuncional. Será que o ódio de Lila e Robert permitirá?

Narrado em terceira pessoa pelo ponto de vista de vários personagens, Ann Brashares inicialmente nos assusta, afinal são muitos filhos e por vezes necessitamos voltar ao início do livro para relembrar quem é quem. Porém a autora foi trabalhando tão bem a personalidade de cada personagem que aos poucos cada um se tornou único e inconfundível, tornando possível nossa identificação com seus dilemas, tristezas, alegrias e dificuldades.

Somos um bando de sonhadores, ela pensou. A realidade batia à porta de vez em quando, e todos tropeçavam uns nos outros na tentativa de fugir.

A narrativa da autora é tão envolvente e fluída que por vezes foi quase impossível largar o livro sem ler mais um capítulo, fiquei completamente apaixonada por essa família disfuncional e que tinha tanto a aprender. Mas devo ressaltar que minha maior surpresa foi a carga emocional contida nessa trama, eu comecei o livro esperando por um romance despretensioso e uma família complicado, porém o que encontrei foi muito mais do que uma história clichê, fui surpreendida por um enredo completamente real e ao mesmo tempo tão triste, e quando me vi estava derramando lágrimas e mais lágrimas durante a leitura.

Concluindo, Tudo Junto e Misturado é um livro sensível, tocante e reflexivo, que fala sobre primeiro amor, família, rancor e a fragilidade da vida. É uma história para ser lida e sentida no intimo e que certamente surpreenderá muitos leitores. Leia!


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6 comentários

  1. Oi, Glaucia.

    Realmente, a autora não quis focar no romance, e inicialmente, é essa a ideia (do romance) que nos passa.

    Mas, quis focar nos dramas familiares, ao mesmo tempo em que nos mostra que o perdão é essencial, bem como ter uma boa convivência. O

    que o livro nos passa é uma grande reflexão.


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  2. Achei muito bonita a capa deste livro, que bom que apesar de ter vários personagens a autora foi trabalhando tão bem a personalidade de cada personagem que aos poucos cada um se torna único e inconfundível na história, e que a narrativa da autora é fluída e envolvente, sem dúvidas pretendo ler este livro.

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  3. Eu acho que é a terceira resenha que leio deste livro e já quis muito ler ele desde a primeira!
    Essa "bagunça" de família é algo do nosso cotidiano, tá, pode não ser assim, tantos, mas família é família. E se não tiver confusão e sentimentos, não é família!
    Gostei muito de saber da intensidade de sentimentos que os personagens trazem para a trama. Afinal, é isso que sustenta não só a família, mas todo ser humano!
    Claro que lerei!
    Beijo

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  4. Oi Glaucia!
    Li algumas resenhas do livro já, e ele sem dúvidas me conquistou. Tenho uma curiosidade enorme de saber o que aconteceu de tão ruim na separação dos pais, a ponto de Sasha e Ray nem se conhecerem, e ainda assim compartilharem de certa forma várias coisas. Quando me deparei com o livros pela primeira vez, imaginei que seria bem leve, mas já percebi que o drama é o ponto central da história, sem dúvidas a leitura é de emocionar.
    Beijos

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  5. Gláucia!
    Pelo jeito o título tem tudo haver com o enredo, cheio de dualidades e sentimentos contraditórios, uma protagosnista como contra ponto para o caos familiar que vivem, enfim, acredito que seja uma leitura de fácil identificação, talvez por isso os leitores se comovam profundamente.
    Desejo uma semana mais que abençoada e Novo Ano repleto de realizações!!
    “Meta para o Ano Novo? Ser feliz!” (Desconhecido)
    cheirinhos
    Rudy
    1º TOP COMENTARISTA do ano 3 livros + Kit de papelaria, 3 ganhadores, participem!

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  6. Esse é um dos exemplos de livros que desgraçou a minha cabeça de todas as formas possíveis mas mesmo assim eu não consigo dizer que ele é ruim não sei porque no começo eu acho que a autora tentou focar mais no drama só que a história acabou se desenrolando mais no romance e eu não sei bem mas eu acho que talvez tenha sido isso que me fez me apegar tanto a história do livro alguns personagens confesso me tiraram do sério bateu aquela vergonha literária quando o personagem faz merda e você tem que fechar o livro e respirar fundo por um tempo para não taca livro na parede

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