22 dezembro 2017

Resenha - A Torre do Terror, Jennifer McMahon


Livro: A noite do terror
Autor(a): Jennifer McMahon
Editora: Record
Páginas: 378
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Um segredo macabro habita o Hotel da Torre Nos anos 1950, o Hotel da Torre, com seus 28 quartos, era a maior atração da pequena Londres, em Vermont. Hoje está abandonado, vivo apenas na memória de três mulheres — as irmãs Piper e Margot e sua amiga, Amy Slater, filha da família que o administrava. Elas costumavam brincar lá quando pequenas, até o dia em que as brincadeiras desenterraram algo macabro e sinistro do passado dos Slater — algo que determinou o fim da amizade de Piper e Margot com Amy. Com o passar dos anos, as irmãs fizeram tudo o que puderam para deixar o episódio para trás e seguir com a vida; Piper mora na Califórnia, enquanto Margot dedica-se à família e a estudar a história local. Até que um dia Piper recebe uma ligação de Margot em pânico: Amy e sua família estão mortos, supostamente pelas mãos da própria Amy. Só que, antes de morrer, Amy deixou escrita uma mensagem que as irmãs sabem ser direcionada a elas: "29 quartos". De repente, Margot e Piper são forçadas a revisitar aquele verão fatídico em que encontraram uma mala e cartas que pertenceram a Sylvie Slater, tia de Amy, desaparecida na adolescência.

Resenha escrita em dupla com o Leo, do Recanto da Mi.

Narrada em três períodos diferentes, A Torre do Terror de Jennifer McMahon tem como pano de fundo um velho hotel construído na década de 50 na cidade de Vermont, Londres. Com o intuito de chamar a atenção e atrair mais hospedes para seu hotel, o pai de Sylvie e Rose Slater, as irmãs que protagonizam a história narrada no período de 1955, decidiu construir uma torre próximo ao hotel e dessa forma atrair mais visitantes e possíveis hospedes para aquela parte da cidade.
Seu plano inicialmente deu certo, todos os viajantes que por ali passavam tinham a curiosidade de conhecer o hotel de 28 quartos que possuía sua própria torre, no entanto com a construção da nova rodovia, a estrada foi diminuindo o tráfego de carros e a torre foi recebendo cada vez menos visitantes, o que logo ocasionou a decadência da família Slater.

Nesse cenário acompanhamos a infância de Sylvie e Rose, duas meninas com personalidades bem distintas. Sylvie era a irmã bonita que sonhava em ir para Hollywood e tornar-se uma estrela de cinema, fã de carteirinha do diretor de cinema Alfred Hitchcock, a jovem escrevia diversas cartas endereçadas ao ídolo com ideias para seus filmes e com desabafos sobre a vida em casa e as desavenças com a irmã mais nova. Rose por sua vez vivia a sombra da irmã mais velha, sempre remoendo a predileção dos pais por Sylvie e tentando provar que de longe ela era tão perfeita como todos acreditavam, tarefa um tanto árdua. Até que um dia Sylvie desapareceu deixando um bilhete suspeito de que fora viver seus sonhos e logo entraria em contato, mas isso nunca aconteceu.

Em 1989 temos a narrativa de Amy (filha de Rose) e suas amigas Piper e Margot que decidem durante uma brincadeira desvendar o mistério sobre o desaparecimento de Sylvie e acabam fazendo descobertas inesperadas. O hotel até então com 28 quartos possuía um 29º quarto escondido e com ele segredos obscuros da família Slater. Tal descoberta acabou separando Amy das amigas e com o tempo elas nem mesmo se falavam.

Em 2013 momento em que a história se inicia, Piper recebe uma ligação de Margot contando que Amy se suicidou no Hotel da Torre após matar o marido e o filho mais novo, restante apenas a filha Lou, que se escondeu no telhado. Mas além das mortes o mais intrigante nessa situação é que Amy deixou um recado atrás de sua foto de infância com Piper e Margot: 29 quartos. Essa pequena mensagem trará à tona as lembranças do passado das irmãs com a amiga, e somente as duas poderão encontrar respostas para o ocorrido com Amy e sua família.

Querem saber o que vai acontecer? Então não deixem de ler!

***

GLAUCIA: Quando a Editora Record anunciou o lançamento de A Torre do Terror, de imediato me interessei e convidei Léo a fazer essa leitura comigo, já que ambos somos fascinados por thrillers e histórias de terror. Mas devo confessar que imaginei encontrar mais terror durante o desenrolar da trama, mas o que encontrei foi uma história com uma pitada de suspense e investigação.

LEO: A escrita de Jennifer MCMahon é extremamente fluída e bem desenvolvida. E embora a história entregue pela autora aconteça de três pontos de vista distintos, toda a narrativa é muito bem construída, e de forma gradativa convida o leitor a se aprofundar mais no mistério que envolve a torre e nas descobertas que afastaram Amy das amigas.

GLAUCIA: Contudo, mesmo em meio a todo o mistério que se desenrolava durante a leitura de A Torre Negra e a curiosidade para descobrir o que de fato havia acontecido com Amy e sua família, senti que a história foi direcionada para um caminho mais fantasioso, algo que me surpreendeu negativamente, tendo em vista que minhas esperanças eram de que as respostas esbarrariam em fatos humanamente reais.

LEO: Embora a construção do enredo tenha sido muito bem amarrada, mesmo com as mudanças de tempo que acontece durante toda a leitura, tive a sensação de que a autora deu muitas voltas para entregar as respostas e se prolongou em muitos assuntos que no fim nem agregaram valor a trama, e isso em alguns momentos deixou a leitura um tanto cansativa. Outra coisa que me incomodou foi o mistério estar relacionado a fantasia e talvez por esse motivo o desfecho da história não tenha me agradado completamente.

GLAUCIA: Em relação a edição física, a Editora Record está de parabéns, a capa combina perfeitamente com a sinopse e remete ao ar sombrio da história. As páginas são amareladas e a fonte possui um tamanho agradável para a leitura. Não me lembro de ter encontrado qualquer erro de revisão.

LEO:  Por fim, A Torre do Terror é um livro que prende o leitor desde a primeira página por conta da quantidade de perguntas sem respostas que permeiam toda a trama, porém o desfecho infelizmente pode deixar a desejar para os leitores mais assíduos desse estilo literário. Contudo indicamos a obra para quem deseja conhecer a escrita da autora ou simplesmente embarcar nessa trama cheia de suspense e mistério.


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Valendo um exemplar de Tartaruga até lá embaixo.

5 comentários

  1. Olá! Essa mistura de suspense e terror faz-nos querer desvendar os mistérios e encontrar respostas, né? Fico com um pé atrás por causa do terror (tenho medo), mas quero ler ele mesmo assim.

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  2. Lendo a resenha e me perguntando como estragam um enredo assim.
    Hotéis abandonados, famílias separadas, amigos distantes, tudo isso é cenário perfeito para uma história das boas, mas pelo que li acima, a autora deixou a parte humana de lado e foi por um caminho que acabou por estragar tudo, ou quase tudo.
    O livro já estava na lista de desejados, desde que li uma outra resenha, salientando os mesmos pontos desfavoráveis.
    Ainda espero ler sim e tirar minhas conclusões!
    Beijo

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  3. Oi Glaucia e Leo.
    Eu achei o enredo bem interessante e o fato da narrativa ser dividida entre 3 tempos diferentes.
    Por isso fiquei um pouco triste pelo desenrolar não ser tão bom assim e desfecho deixar a desejar. Parece que a autora tinha tudo para criar um história incrível, mas não atingiu seu potencial. Uma pena.
    Caso eu leia o livro, vou ler com expectativas bem baixas.
    Bjs

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  4. Glaucia e Leo!
    Já gostei do diferencial do próprio Hotel ser um dos protagonistas e gostei também de ver que o enredo se passa em épocas diferentes.
    E o melhor ver que a trama é muito bem construída e causa tensão do início ao final, gosto dos thrillers psicológicos.
    Gostaria de ler.
    Bom final de semana e FELIZ NATAL!
    “Celebrar o Natal é crer na força do amor, é isto que transforma o homem e o mundo. Feliz Natal!” (Desconhecido)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA dezembro 3 livros + 2 Kits papelaria, 4 ganhadores, participem!

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  5. Oiee!
    Terror é um gênero que não me agrada em nada, nunca consigo me conectar ao livro e depois de várias tentativas fracassadas, decidi abandonar o gênero de vez.
    Quem sabe no futuro eu dê uma nova chance, mas por hora é não. Deixo pra quem gosta.
    Bjs!

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