29 novembro 2017

Resenha - A Desconhecida, Mary Kubica


Livro: A Desconhecida
Autor(a): Mary Kubica
Editora: Planeta
Páginas: 352
Adquira: Amazon
Livro cedido através da parceria com a editora
Mais um instigante thriller psicológico da mesma autora de A Garota Perfeita, best-seller do The New York Times Todos os dias, a humanitária Heidi pega o trem suspenso de Chicago e se dirige ao trabalho, uma ONG que atende refugiados e pessoas com dificuldades. Em uma dessas viagens diárias ela se compadece de uma adolescente, que vive zanzando pelas estações com um bebê. É fato que as duas vivem nas ruas e estão sofrendo com a fome, a umidade e o frio intenso que castigam Chicago. Num ímpeto, Heidi resolve acolher Willow, a garota, e Ruby, a criança, em sua casa, provocando incômodo em seu marido e sua filha pré-adolescente. Arredia e taciturna, Willow não se abre e parece esconder algo sério ou estar fugindo de alguém. Mas Heidi segue alheia ao perigo de abrigar uma total estranha em casa. Porém Chris, seu marido, e Zoe, sua filha, têm plena convicção de que Willow é um foco de problemas e se mantêm alertas. Em um crescente de tensão, capítulo após capítulo a verdade é revelada e o leitor irá descobrir quem tem razão.


A Desconhecida é novo livro da autora Mary Kubica que lançou o sucesso A garota perfeita. Esta nova trama é narrada pela visão de três personagens: Heidi, Crhis e Willow.

Heidi é uma mulher casada que trabalha em uma instituição para refugiados como voluntária. Todos os dias ela pega um trem de sua casa até o trabalho e numa dessas viagens, ela vê uma cena que a chama atenção: Uma menina maltrapilha carregando um bebê na rua em meio à chuva e essa imagem perturba os pensamentos de Heidi, que volta a encontra-la outras vezes e em um desses encontros, após uma conversa, ela toma a decisão de acolher a mãe e o bebê em sua casa.

Sua imagem, de novo, fez uma mudança diante de meus olhos: a jovem impotente, com uma queda por chocolate, uma adolescente criminosa que conseguiu entrar furtivamente em minha casa.

Willow é a nossa Desconhecida, a menina citada acima, ela tem uma personalidade difícil e foge do convívio social. Foi levada a um orfanato aos oito anos, quando perdeu seus pais e foi adotada por uma família sem escrúpulos com uma mãe doente e um pai abusador. Crhis é o marido de Heidi, ele é bem sucedido e quase não tem tempo para a família por conta de seu trabalho, pois vive viajando.

É mais comum eu não estar lá do que estar, tem sido assim desde que começamos a namorar. Heidi está acostumada com minha ausência. Como dizem: a ausência faz crescer a saudade. De qualquer forma, é isso que ela responde, quando pergunto se sente minha falta. Acho que, em segredo, ela gosta de ter a cama inteira só para si.

Ao levar Willow para casa, Heidi encontra resistência de seu marido e sua filha, mas isso é óbvio, levando-se em conta que é uma mulher que ninguém sabe as origens e ainda com uma criança de colo. A História vai se desenrolando e nos enrolando, envolvendo-nos em sua teia. Heidi tem suas visões no presente e em algumas cenas mescla com o passado traumático que teve e que ainda mexe muito com ela, já as visões do Crhis são somente no presente, e as visões da Willow dão um ar de suspense, pois, estão sempre no futuro, ela está presa, porém não sabemos o porquê e isto está conectado a Heidi de alguma forma.   
       
Com o tempo vamos conseguindo ligar os fatos e então, vamos desvendando o mistério e a ligação entre os personagens. As surpresas são grandes! Não conseguia parar de ler. Perguntei-me o tempo todo quem era Willow e o que ela pretendia, sua personalidade me confundiu, ora agressiva, ora gentil e educada.

O livro não nos trás somente um suspense intrigante, mas também temas atuais como abuso infantil, sistema de adoção e traumas, numa pegada que nos faz refletir e até querer ajudar quem está passando por isso, porque é real e de suma importância que cada um faça a sua parte. Fiquei de coração partido com algumas cenas, porque sei que tem muitas crianças vivenciando dias como os de Willow na vida real, enfim. A história está muito bem construída e conectada, a cada virada de página você vai conseguindo desvendar os mistérios, o final é surpreendente, porém acontece muito rápido e você terá que parar um pouco para respirar e olhar em volta para ver que está tudo bem. Pode acreditar!

Descubro que mais de mil crianças morrem por ano, em nosso país, vítimas de abuso ou negligência por parte de seus cuidadores. Mais de três milhões de abusos infantis são comunicados a cada ano por professores, autoridades locais, amigos da família, vizinhos ou por onipresentes telefonemas anônimos que o serviço de proteção à criança recebe. O abuso infantil pode resultar em danos físicos: hematomas e fraturas, suturas, danos à medula, ao cérebro, pescoço, queimaduras de segundo e terceiro graus. Com relação ao estado emocional, o abuso também é prejudicial, levando à depressão até as vítimas mais jovens, isolamento, comportamento antissocial, desordens alimentares, tentativas de suicídio, atividade sexuais ilícitas.

A diagramação está perfeita e a conexão entre os capítulos com os diferentes personagens foram fantásticos, ainda mais quando o leitor consegue ligar os pontos, o que Mary Kubica elaborou muito bem e sem complicações, ficou fácil de entender. Um suspense que deveria virar filme. Tem o meu voto!

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Valendo um exemplar de Dear Heart, eu odeio você!.

4 comentários

  1. Amei a resenha e me interessei muito pelo livro, vou procurar pra ler com certeza!

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  2. Eu ainda preciso conhecer o trabalho da autora! A Garota Perfeita está na minha lista de desejados tem um tempinho e desde que vi este novo livro, já o quis também!
    Adoro histórias de mistério, ainda mais quando envolvem dramas reais e que devagarinho, vão se encaixando na vidinha de todos os personagens!
    Quero muito poder conferir!
    Beijo

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  3. Eu estou doida pra ler algo dessa autora, e fiquei super interessada nesse livro. Achei o enredo dele bem intrigante, e fiquei muito curiosa para saber mais da Willow.
    Achei bem legal o livro também envolver esses temas, e também gostei de saber que a história é bem construída e o final foi bom. Já está na minha lista :)

    Beijos!

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  4. Paula!
    Gosto demais de thrillers psicológicos, porque ficamos totalmente ligados e não queremos desgrudar do livro.
    E ver que as personagens tem defeitos e virtudes, torna a leitura mais crível e aproxima do leitor, porque é mais fácil nos identificarmos.
    Gostaria demais poder ler.
    Que dezembro seja repleto de realizações e o final de semana cheio de luz e paz!
    “Dentre os mais dignos predicados de um homem está o de saber dizer a verdade.” (Renato Kehl)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA dezembro 3 livros + 2 Kits papelaria, 4 ganhadores, participem!

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