20 setembro 2016

Especial JojoLover - Personagens que encantam



Cada história é formada não por um ou dois, mas por muitos personagens. É através deles que vivenciamos uma vida diferente da nossa ou não. Se não fosse a identificação que acontece entre leitor e personagem, não havia lagrimas ou risos, não existiria entrega à leitura.

Um dos motivos de ser tão apaixonada pelas histórias da Jojo Moyes, é sua capacidade de criar personagens tão reais. Todas as suas histórias possuem personagens bem extraditados e ela nunca se limita aos protagonistas. Hoje eu parei para refletir sobre esses 'indivíduos' tão especiais vim compartilhar com vocês o porque eles em encantaram.

Atenção, os comentários podem conter eventuais spoilers sobre o personagem.



O Almirante Highfield dedicou sua vida ao mar. Sério e rígido são caraterísticas que o descrevem bem, mas ninguém podia negar que, tudo o que ele fazia, era pensando no melhoro para o seu navio e sua tripulação. É tipo pai, que nós só damos valor depois de anos. Porém, um único passo em falso foi suficiente para por em dúvida toda sua carreira. Quando seu navio foi atacado e, inevitavelmente, começou a afundar, ele não conseguiu ser o comandante que todos esperavam. Por motivos que só nos cabe imaginar ele travou e por consequência muitos de seus homens sucumbiram junto com o navio. O naufrágio deixou muitas marcas em Highfield: uma perna ruim, pesadelos incontáveis e o fim de sua carreira (não exclusivamente por conta do naufrágio). Ele terá seis semanas para decidir o que fará de sua vida quando desembarcar e esse pensamento é muito mais incomodo para ele do que encarar seiscentas mulheres passeando pelo passadiço e tirando a atenção de seus homens.
Quantos Highfield não passam por nossas vidas? Pessoas viciados no trabalho, que não aceitam bem quando as coisas fogem ao seu controle ou que são marcadas por um único momento de fraqueza.




Will Traynor, um homem que sempre viveu a vida no limite e que acabou tetraplégico por conta de um erro alheio. Para ele, que sempre foi muito ativo, depender de outras pessoas para fazer atividades básicas do dia a dia era semelhante ao inferno. De forma totalmente lúcida ele faz uma escolha pouco convencional (e considerada crime no Brasil): a eutanásia. Como era de se esperar, ninguém aceitou bem a situação e as acusações ficaram entre egoísta, por não pensar em como sua família ficaria devastada, e ingrato, por não valorizar a oportunidade de continuar vivendo, ainda mais por conta do apoio financeiro que falta a tantos em situação semelhante a ele. Mas será que o errado não somos nós? Saindo da história para uma situação mais palpável: quantas vezes não chamamos o outro de egoísta por agir sem pensar em nós quando estamos fazendo exatamente a mesma coisa com esse pedindo? Em situações, principalmente de vida ou morte, é comum pensarmos apenas o quanto estamos gratos por aquela pessoa continuar ali, mas em nenhum momento perguntamos se ela se sente tão aliviada quanto nós. Will deixa uma grande lição sobre empatia.




Josie Clarke: filha, esposa, mãe e avó. Sua pequena casa abrigava todos os integrantes desse esquema e ela, como todos esperavam, era a responsável pro fazer tudo funcionar. Cuidar, organizar e cozinhar eram sua obrigação e de mais ninguém. Até que um dia ela cansou. Em uma casa com tantas pessoas, porque só ela precisava se preocupar com o bem estar de todos e ignorar o seu próprio? Feminismo sim. Josie me representa e eu fiquei realmente encantada por a autora ter abordado esse assunto de forma tão direta e objetiva. No momento do mundo em que nos encontramos, é extremamente importante debater sobre conceitos que sempre aceitamos como absolutos, mas que nem mesmo sabemos quem disse que deveria ser assim. No livro anterior eu realmente odiava a família da Lou (o que inclui sua mãe) pela forma hipócrita e mesquinha como agiam com ela. Eu não esqueci o que eles fizeram, mas é bom acreditar que as pessoas podem mudar para melhor. Que podem evoluir mesmo quando acreditam já ter vivido tudo o que lhes era permitido.



Os próximos dois livros me deixaram com a mesma dúvida sobre qual personagem abordar: a mãe ou a filha. Como as quatro possuem características marcantes e parecidas entre si, decidi escolher a mãe de uma história e filha de outra.

Hanna é uma criança marcada pela tragédia. Quando um acidente envolvendo parte de sua família aconteceu, obrigando-a à mudar drasticamente de vida junto com sua mãe, ela é quem segura as pontas. Além de reagir surpreendentemente bem a nova realidade, ela é quem dá forças para que a mãe não sucumba à dor. Hanna é extremamente inteligente, sensível e madura (algo comum às meninas de Jojo). Ela não tem medo de agir, mesmo quando julgam ser coisa de adulto. Se percebe que pode ajudar, ela vai lá e faz, simples assim. O final feliz de todos que a cercam, dificilmente teria acontecido sem sua ajuda. Falando assim, parece que autora escreveu uma criança que nunca existiria na vida real, mas é totalmente o contrario. As crianças em geral são muito subestimadas. Hanna tem seus momentos impulsivos, mas acima de tudo, ela é fruto daquilo que viveu. Não é tão difícil assim aprender com os fatos, nós, os adultos, é que complicamos tudo.




Depois que o marido foi embora, Jess se tornou a única responsável por sustentar e educar a filha e o enteado. Ela é uma Super Mãe, com letras maiúsculas mesmo. Além de ter dois empregos, que garantem o mínimo de dignidade para a família, ela faz questão de estar presente no dia a dia das crianças. Jess não quer só por a comida na mesa, ela quer criá-los para terem caráter. Para serem adultos dignos. Uma mãe amorosa, dedicada, preocupada, disposta a fazer tudo o que está ao seu alcance para que os filhos tenham um futuro melhor do que ela teve. Jess é uma mulher de muita fibra, que serve de exemplo para muitas pessoas. Ela teria todos os motivos para viver reclamando, mas você não verá uma atitude dessas vindo dela. Aproveitar as oportunidades é seu lema numero um, mas o que vem fácil vai fácil, por isso ela prefere sempre o caminho mais correto e não necessariamente o mais curto.




Don, o homem que julgou saber o que era melhor para a vida de uma outra pessoa. Como faz muito tempo que conclui essa leitura, fico em dúvida se algumas atitudes de caráter duvido foram realmente dele. Prefiro não comentar sobre isso, mas tenho certeza que pouca coisa me agrada nesse personagem. Don não é uma pessoa de coração ruim, longe disso, mas boas intenções não são o suficiente para livrá-lo do mal que comete. É fácil julgar alguém, fazemos isso todos os dias mesmo sem perceber. Essa atitude pode não fazer mal a ninguém diretamente, ou pode arruinar a vida de qualquer. Quando tempos poucas informações, um julgamento precipitado é ainda mais perigo e é exatamente isso ele faz. Em sua concepção, sua atitude está sendo altruísta ao não repassar as cartas que lhe foram entregues. Tudo pela felicidade do seu amigo. Mal sabe ele o mal que infringiu ao casal em questão... E você, quantas vezes agiu em prol de alguém?



Agora diz ai, quais personagens mais te encantaram? Deixa nos comentários para falarmos um pouco mais sobre esse amo ♥

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Valendo um exemplar de Onde está Elizabeth?

7 comentários

  1. Oi!
    É com muita vergonha que confesso que não li nenhum livro da autora apesar de querer muito. Já ouvi vários comentários positivos sobre ela, e espero poder conhecer seu trabalho em breve. Vou começar por O Navio de Noivas que está a uma eternidade na transportadora do Submarino hehehe

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  2. Dos livros da Jojo, eu só li Como Eu Era Antes de Você e Depois de Você, então meu contato com os personagens que ela nos apresenta, ainda é muito pequeno!
    Espero muito em breve, me aventurar ainda mais e como a última resenha foi O Navio de Noivas, espero poder ler em breve!
    Beijos

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  3. Oi Dreeh, meio que me apropriei do comentário da Lara Caroline para repetir:
    "É com muita vergonha que confesso que não li nenhum livro da autora apesar de querer muito. Já ouvi vários comentários positivos sobre ela, e espero poder conhecer seu trabalho em breve". Meu Deus tanta gente falando bem que fico meio perdida nos mares de comentários sobre a autora e essas histórias lindas e emocionantes... Sem falar nessas capas tão lindas e vintage! Bom o que me resta é angariar dinheirinhos e comprar pra ler! e deixar de ser uma das únicas que não leu nada! hihihihi

    Ps: flor já saiu o resultado do top comentarista do mês passado? não consegui ver o resultado!

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  4. Oi, Dreeh! Eu também gosto da Jess, acho que ela é uma personagem incrível, mas a minha favorita continua sendo a Sophie, de "A garota que você deixou para trás". Me pergunto como a Jojo consegui criar alguém assim, tão forte e que conseguiu sobreviver a coisas tão terríveis. Definitivamente essa autora é fantástica!
    Beijos

    http://tudoqueeuli.blogspot.com

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  5. Uma semana especial da Jojo Moyes ♡
    Já esta ficando repetitivo, mas sou fã da autora, a cada livro que tenho o prazer de ler fico ainda mais apaixonada pelas histórias e dramas criadas pela autora, seus livros são sempre tão tocantes e emocionantes, e os personagens que ela cria são apaixonantes (ou não).
    Ainda não terminei de ler O Navio das noivas (minha atual leitura), mas esse Almirante Highfield é bem marcante, estou curiosa para ver como termina a história dele.
    Nossa, o que falar do Will? Aprendi tantas coisas com esse personagem, e empatia foi a melhor lição, com certeza.
    Gostei muito da mãe da Lou em Depois de Você, a discussão sobre o feminismo foi muito importante nesse livro, mesmo que não tenha perdoada ela pelas atitudes no outro livro.
    Amei a Jess, mulher guerreira, determinada, um exemplo de mãe.
    Ainda não li Baia da Esperança, espero ler ainda nesse ano. Faz tempo que li A última carta de amor, tenho que relembrar os personagens.
    Beijos

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  6. Olá.
    Já não me senti tão sozinha, pois já vi dois comentários acima, das meninas que também ainda não leram nada da autora. Pois é, mas pretendo ler, com certeza. E me emocionar com esses enredos que tocam fundo o coração do leitor. Ótimo esse especial e poder conhecer mais da autora. Beijos.

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  7. Das seis histórias citadas acima, a que eu mais gostei foi a : COMO EU ERA ANTES DE VOCE .POis o ponto de vista do personagem principal e bem diferente dos dos outros personagens com que estou acostumada a ler.Personagens que , mesmo estando em uma situação muito difícil, ainda encontram forças para se superar junto com a pessoa amada ou os familiares.Ja esta história nao, ela conta a história de um rapaz que estando passando por uma situação dificil, não tem apoio de seus familiares , seus pilares de sustentação.Este é o meu ponto de vista.

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