03 julho 2016

Resenha - Oníria, B. F. Parry


Livro: Oníria (O Reino dos Sonhos #1)
Autor(a): B. F. Parry
Editora: Verus Editora
Páginas: 252
Adquira: Saraiva | Submarino | Travessa | Americanas | Livraria Cultura
Livro cedido através da parceria com a editora
Existe um mundo de cuja existência ninguém suspeita. Um lugar, porém, para onde todos nós viajamos a cada noite. Um universo em que tudo é possível. Oníria, o Reino dos Sonhos. Eliott, de doze anos, aparentemente é um menino como outro qualquer. Até o dia em que sua avó lhe dá uma ampulheta mágica que lhe permite viajar a um mundo tão incrível quanto perigoso: Oníria, o Reino dos Sonhos. Um mundo onde milhares de personagens e universos ganham vida, assim como as coisas mais loucas e assombrosas sonhadas todas as noites pelos seres humanos. Um mundo no qual o espírito do pai de Eliott, mergulhado em um sono misterioso, estaria preso há vários meses. Estudante comum de dia, mas um poderoso Criador à noite, Eliott pode fazer aparecer tudo o que deseja pelo simples e imenso poder de sua imaginação. Explorando Oníria para salvar seu pai, Eliott se verá confrontado com seu extraordinário destino: ele descobrirá que é o Enviado, encarregado de salvar o reino, ameaçado pela sangrenta revolução dos pesadelos.

Que criança não ficaria com medo de dormir quando sua mãe não acorda depois de uma noite de sono? Essa era a situação de Elliot, e durante muito tempo a única que conseguia acalmá-lo era sua avó, a quem chamava de Mamilou, com as histórias de um reino chamado Oníria. Conforme a vida seguia, os pesadelos acabaram, ou melhor, mudaram de forma e agora além de nome, seu maior pesadelo era da família: a madrasta. Não que Christine fosse uma madrasta que fizesse maldades, mas claramente ela não fazia mais do que aturar o enteado. Quando o pai de Elliot entra em coma, as coisas pioraram consideravelmente e só a presença de Mamilou confortava seus dias.

A doença misteriosa do pai mudou sua vida de diversas maneiras, porém a mais importante ainda estava por vir. Apesar do estado vegetativo, ele falava coisas meio sem nexo e foi ao ouvir um de seus delírios que Mamilou entendeu o que estava acontecendo. Ela não havia contado ao filho seu segredo e o neto, apesar de ter ouvido muitas aventuras passadas em Oníria, nunca pensou que ela fosse real. Agora, a vida de seu pai depende dele e de um passeio bem sucedido ao Reino dos Sonhos.

Além dos moradores nativos desse mundo, os sonhos e os pesadelos, também transitam por lá os Magos, que são a materialização da nossa imaginação enquanto dormimos, e os Criadores, que são as pessoa se transporta em carne, osso e consciência. Além disso, elas tem o poder de criar, de se transformar. Elliot passa a ser um Criador quando ganha um pingente de ampulheta de sua avô e é com esse presente que sua aventura se inicia.

[...] A imaginação se alimenta do que pôde observar durante o dia e, uma vez transformada em Mago, cria todas as extravagâncias que lhe ocorrem. São essas extravagâncias que constituem Oníria: suas cidades, suas montanhas, suas infraestruturas, suas plantas, seus animais, bem como todas as criaturas de sonhos e pesadelos que moram lá.

Narrado em terceira pessoa, Oníria é o primeiro livro de uma trilogia infantojuvenil. É engraçado como o autor fez um mundo de fantasia tão palpável, pois o cenário é rico em detalhes e não foi difícil imaginá-los. Os personagens foram um ponto forte, tão bem construídos e cheios de mensagens para a reflexão do leitor. Juntando tudo isso com uma escrita fácil e gostosa de acompanhar, Oníria tem todos os elementos para não deixar o leitor fugir antes do fim da história.

Eu confesso que esperava algo um pouco menos juvenil e talvez por isso não entrei muito na vibe da história. Acabei intercalando ele com outro livro mais centrado, porém, sempre que pegava essa leitura ela transcorria que era uma maravilha. Eu começava um capítulo e quando ia ver já tinham se passado quase cinquenta páginas. Por isso imagino seja fácil finalizar a leitura em um único dia. Sabe aquele dia preguiçoso, em que você só quer ficar na cama lendo um livro? Então, leia Oníria!

A parte gráfica do livro está bem bacana. A capa é uma adaptação da original e eu gosto bastante dela. Colorida e cheia de elementos desse Reino dos Sonhos, ela cumpre bem o seu papel de chamar a atenção do público. Uma atenção especial aos desenhos da capa, que coisa mais linda! Eu fiquei realmente apaixonada. Internamente ele é simples, os capítulos possuem nomes - alguns até meio engraçados - e há muitas ampulhetas espalhadas, marcando a quebra de cena dentro de um mesmo capítulo.

O final do livro deixa um gancho para sua continuação, o suficiente para nos deixar curiosos, mas sem aquela vontade de se jogar da janela ao pensar que falta - pelo menos - um ano para saber o que vai acontecer.

Oníria é um livro leve e cheio de aventuras. Se é disso que você gosta, pode embarcar nessa viagem sem medo.

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Valendo um exemplar de Oníria.

7 comentários

  1. Sou completamente apaixonada por infanto-juvenis que trazem essa coisa do poder imaginar realmente todo um cenário, um reino inteiro!!!
    Poucos livros hoje trazem detalhes assim e quando aparece uma história que tenha tantos elementos bons, é preciso ler de verdade!!
    Capa bem bonita.
    Lerei se possível.
    Beijos

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  2. Meu sonho é ter um estante só de livros de infanto-juvenil! ♥ São livros assim de magia e aventura que faz minha imaginação aflorar além de aumentar minha criatividade! A capa é muito linda e criativo! :3
    A história me cativou ainda mais quando o personagem principal se arrisca para salvar o pai.

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  3. Olá!
    Adoro os enredos de livros infanto juvenis! Sempre tão cheios de aventuras e mensagens divertidas. E esse está lindo, uma bela capa e a premissa é fascinante. Claro que quero ler! E tomara que a continuação seja tão boa quanto ou bem melhor! Como você mesma citou, uma leitura leve! Ótima sua resenha,parabéns! Beijos.

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  4. Gostei da sinopse, achei bem original até, e ao meu ver que, parece que tem um pouco a ver com Harry Potter e Nárnia, gostei mais ainda. Gosto de leituras assim, leves, e amo infanto-juvenis. Não é sempre que eu preciso ler um livro bem elaborado, às vezes é bom intercalar com uma leitura mais leve. Adorei a resenha, bjs.

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  5. Olá Dreeh,
    Não conhecia esse livro é a primeira vez que leio uma resenha, fiquei curiosa após ver que esse livro é o sorteado do top comentarista desse mês. Adoro ler infantojuvenil, gosto de escolher um livro do gênero nos dias preguiçosos, como você disse, ou após uma bela de uma ressaca literária, é bom mergulhar em um enredo cheio de imaginação depois de uma leitura mais intensa.
    Gostei do que li na resenha, a fantasia criada pelo autor é pura imaginação, com o cenário repleto de detalhes, adoro isso! Espero me envolver com essa leitura.
    Beijos

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  6. Gostei da sinopse, achei bem original até, e ao ver que tem um pouco a ver com Harry Potter e Nárnia, gostei mais ainda. Gostei da leitura ser mais leve. Adorei a resenha

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