16 dezembro 2015

Resenha - Primeiro e Único, Emily Giffin


Livro: Primeiro e Único
Autor(a): Emily Giffin
Editora: Novo Conceito
Páginas: 448
Adquira: Saraiva | Submarino | Americanas | FNAC
Livro cedido através da parceria com a editora
Shea tem 33 anos e passou toda a sua vida em uma cidadezinha universitária que vive em função do futebol americano. Criada junto com sua melhor amigas, Lucy, filha do lendário treinador Clive Carr, Shea nunca teve coragem de deixar sua terra natal. Acabou cursando a universidade, onde conseguiu um emprego no departamento atlético e passa todos os dias junto do treinador e já está no mesmo cargo há mais de dez anos.Quando finalmente abre mão da segurança e decide trilhar um caminho desconhecido, Shea descobre novas verdades sobre pessoas e fatos e essa situação a obriga a confrontar seus desejos mais profundos, seus medos e segredos.

Quando se nasce numa cidade universitária que vive para o futebol americano, fica difícil fugir do assunto. Mas algumas pessoas vão além e buscam se envolver ao máximo, como é o caso da Shea. Ela respira não só o esporte, mas tudo que envolve a Walker. Não teve dúvidas de onde cursaria a faculdade de jornalismo e nem de onde iria trabalhar quando se formasse. Provavelmente a única pessoa na cidade com tamanha dedicação a ambos seja o treinador Carr, um dos grandes influenciadores do seu amor pelo esporte.

Quando seus pais se separaram, a família Carr foi como um porto seguro que a manteve firme em meio a turbulência da vida. Crescer em meio a essa família lhe deu uma melhor amiga daquelas que chamamos de irmã e uma figura paterna a quem admirar. Quando a Sra. Carr perdeu sua luta contra o câncer, ela percebeu que poderia estar desperdiçando seus dias em uma vida acomodada e com um relacionamento sem futuro. A mudança que ela propõe a si mesma é enorme e, em meio a tantas coisas boas que acontecem, um sentimento inesperado a assusta. Agora ela precisará valerá a pena arriscar tudo por ele.

[...] percebi o quanto me tornei uma pessoa presa e o quanto a minha vida se tornara uma rotina. Algo tinha de ser feito. Eu precisava encontrar uma maneira de mudar as coisas. De seguir em frente.

Emily Giffin é uma das minhas autoras favoritas e apesar de ainda não ter lido todos os seus livros, nunca pensei que fosse me decepcionar tanto com uma publicação sua. Desde o princípio esse livro piscou um alerta vermelho para mim! A sinopse que não apontava duas protagonistas, a capa que, apesar de combinar muito com o enredo, não apresentava aquele traço romântico e o título pelos mesmos motivos. Eu sabia que ele seria diferente, mas não precisava de tanto né?

Narrado em primeira pessoa, a protagonista tinha de tudo para conquistar o leitor. Ela contrariou o esperado dominando um universo tipicamente masculino e era boa no que fazia. Aqui está a primeira falha do livro. Na teoria Shea deveria ser independente e autossuficiente, mas lhe faltou força de vontade para chegar a qualquer lugar. Isso me irrita sempre, seja na vida real ou em histórias fictícias. Outro ponto que acabou contribuindo para uma leitura arrastada, foi a quantidade de conteúdo relacionado ao esporte. Sério, mas da metade do livro foi futebol americano, inclusive utilizando termos técnicos, e o que era para ter caráter informativo, acabou sendo enfadonho.

Porém, minha relação com o livro só desceu ladeira a baixo quando um romance nada convincente surgiu na história. Eu não posso falar dele porque seria um spoiler do tamanho do mundo, mas acredito que muitos entenderão minha posição. Não é preconceito, de forma alguma! Até porque acredito que o amor consegue superar qualquer barreira imposta pela vida. O problema foi a construção desse romance, que não entra na minha cabeça de maneira nenhuma. Foi como se ela acordasse e decidisse fazer a coisa mais louca e contraditória da vida dela e voalá. Está feito.

Falando sobre o trabalho da editora, encontrei vários erros de digitação. Esse é um tipo de detalhe que costuma passar despercebido por mim, mas ocorreram tantas vezes que não deu para ignorar. Felizmente eles não atrapalharam o bom entendimento da trama. Fora isso, a diagramação estava fofinha e confortável aos olhos.

Mas não deixe se enganar. As melhores coisas da vida parecem simples. Mas só parecem.

Emily Giffin continua tendo uma capacidade incrível para abordar temas polêmicos e relacionamentos conturbados, mas se vocês querem conhecer uma de suas obras, recomendo escolher qualquer outra (a não ser que você ame futebol americano).

15 comentários

  1. Nunca li um livro sequer da Emily Giffin, juro, apesar de várias pessoas já terem me indicado! Apesar de gostar bastante de futebol americano, acredito que quando domina um livro, não se torna legal. Boa resenha, parabéns!!!

    Conheça meu blog: https://coisas-de-gabriela.blogspot.com/

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  2. Olá eu ainda não li nada da autora, mas confesso pra você que esse livro não me desperta curiosidade, tenho visto alguns comentários sobre ele e pouquíssimos são bons. Pelo que você escreveu na resenha, até parece ser um livro interessante mas que, infelizmente, eu acho que não gostaria dele se um dia vier a ler.

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  3. Oieee
    eu li esse livro e já no começo da história, surgiu meu primeiro problema com a leitura. A narrativa é lenta, várias vezes eu larguei o livro, mas tinha que voltar para resenhar. Além desse começo lento, temos os flashbacks mostrando a vida da Shae no passado, mostrando todas as pessoas que participaram em sua vida para que ela seja o que é hoje. Eu entendi isso, acho muito válido, mas não rolou para mim.

    =)

    Bjo

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  4. Olá!!!
    Já li dois livros da Emily Giffin e comprei um na ultima compra do black friday. Gosto muito da escrita e a maneira que ela envolve. Era igual a você não percebia erro de digitação, mas depois do blog tenho reparado nisto. Parabéns pela resenha.

    Beijos
    Carla Fernanda

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  5. Andressa, toca aqui: O/
    Livro chatíssimo. Nossa, quando eu li e olha que adoro a autora, eu me decepcionei. Não aguentava mais ler sobre futebol americano. E o romance que me decepcionou mais ainda e os erros em que se mudava até o nome dos personagens? Tudo o que você colocou na resenha mesmo. Totalmente desesperador para quem não ama tanto assim o esporte porque, para mim, foi só o assunto do livro.

    Beijos,

    Greice Negrini

    Blogando Livros
    www.amigasemulheres.com

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  6. Li dois livros da autora e confesso que mal lembro do nome destes livros. Mas são tantas pessoas que elogiam a Emily que as vezes acho que o problema sou eu. Gostei da forma como criticou o livro porque você conseguiu perceber o talento da autora, mesmo que a trama não tenha te convencido. Vou procurar outro titulo dela para ler e ver se vai...
    Meu Amor Pelos Livros
    Beijos

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  7. Oiii!

    Eu nunca li uma resenha positiva para a autora e quando você é fã achei estranho. Acontece que só li resenhas para essa obra então, não conheço as demais.
    Não leria! Todos sempre reclamam desse mesmo fato dela ter abordado excessivamente o futebol americano e achei um pouco chato e repetitivo. Mas eu até fiquei curiosa em questão do relacionamento.
    Espero que ela traga uma obra melhor para se redimir dessa!

    Beijinhos

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  8. Eu tinha ficado curiosa com a obra por ter um fundo de futebol americano, mas ser muito técnico para introduzi-lo é bem chato. Nunca li outros livros da autora nem ouvi falar deles, daí não dá para ter uma noção do quão diferente trabalharam na capa e na premissa desse livro. E é ruim demais romance forçado né?

    http://deiumjeito.blogspot.com.br/

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  9. Oiee ^^
    A última resenha que eu li também mencionou o fato de o livro ter MUITO sobre esporte, acho que eu acabaria bem perdida no meio, tanto porque eu não gosto e não sei nada de esportes. Já li dos livros da Emily, mas não gostei de nenhum, então não sei se conseguiria ler outro.
    MilkMilks
    http://shakedepalavras.blogspot.com.br

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  10. Olá,

    Já li outros livros da Emily Giffin e gostei da escrita dela, são tantos comentários negativos para essa obra, que não tenho o mínimo interesse em iniciar a leitura. Deixo a dica passar.

    Beijos,
    entreoculoselivros.blogspot.com

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  11. Acho que o que me incomodaria, mais até do que essa forma como o romance foi construído é o fato de que a metade do livro fala sobre o futebol americano. Pra mim não dá, ainda mais sendo que existe termos técnicos e tal. Uma pena também são esses errinhos bobos que a editora deixa escapar né? Quando são muitos então... Enfim, esse é um livro pra mim passar um pouco longe.

    bju
    Vento Literário / No Facebook / No Twitter

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  12. Ola Dressa lindona a premissa do livro já não havia me conquistado pelo excesso de informação sobre futebol americano, uma pena a protagonista não se destacar deixando a leitura perder o brilho. Dessa vez vou deixar passar a dica. beijos

    Joyce
    www.livrosencantos.com

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  13. Eu ainda não tive a oportunidade de fazer a leitura desse livro, mas estou bastante interessada. Uma das minhas colaboradoras que resenhou e gostou da leitura e espero poder ler assim que tiver tempo, porque provavelmente farei isso ano que vem. Gostei de tudo que você falou e também sobre os personagens. Espero poder gostar embora fale um pouco do futebol, mas mesmo assim me parece ser um livro interessante.

    http://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2015/12/caixinha-de-correio-6-parte-2.html

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  14. Olá, tudo bem? Acredito que eu também não gostaria do livro, detesto qualquer tipo de fútebol, não sou fã de esporte, a única maratona que eu participaria seria a de leitura. Agora um livro, que é uma coisa que eu amo, falando de algo que eu detesto não daria certo, mas como tem o nome da novo conceito, que é uma respeitável editora, talvez pegasse para dar uma lida, afinal essa editora não iria publicar porcaria, a única questão que vem em seguida é o gosto, e até minha mãe me diz que eu sou chata para quaquer coisa (risada) Beijos

    Blog Leer Soñar Crear
    http://leesoncre.blogspot.com.br/

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  15. Olá, vi críticas péssimas sobre esse livro, ela focou demais no esporte e deixou a história como pano de fundo quando deveria ser exatamente o oposto, na verdade acho que ela decepcionou bastante fãs, pois boa parte de seu público é feminina e bem... Não adoradora de esportes... hahaah
    Espero ter oportunidade de ler um livro dela (que não esse) para conhecer a escrita.
    Beijos.

    Giuliana

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