01 maio 2014

Resenha - A invenção das Asas, Sue Monk Kidd

Sinopse: Em sua terceira obra, Sue Monk Kidd, cujo primeiro livro ficou por mais de cem semanas na lista de mais vendidos do New York Times, conta a história de duas mulheres do século XIX que enfrentam preconceitos da sociedade em busca da liberdade. Sue Monk Kidd apresenta uma obra-prima de esperança, ousadia e busca pela liberdade. Inspirado pela figura histórica de Sarah Grimke, o romance começa no 11º aniversário da menina, quando é presenteada com uma escrava: Hetty “Encrenca” Grimke, que tem apenas dez anos. Acompanhamos a jornada das duas ao longo dos 35 anos seguintes. Ambas desejam uma vida própria e juntas questionam as regras da sociedade em que vivem.

SÉRIE: Volume Único
AUTOR: Sue Monk Kidd
EDITORA: Paralela
EDIÇÃO: 2014
PÁGINAS: 328
CONCEITO: 4 estrelas
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No inicio do século XIX a escravidão era uma triste realidade e a nossa protagonista Sarah Grimke tinha pensamentos avançados demais para sua época. Nascida em Charleston - uma cidade da Carolina do Sul, EUA, filha de um jurista fazendeiro e uma exemplar madame da sociedade aristocrata, ela causou muito barulho. No seu aniversário de 11 anos, Sarah ganha um presente inesperado: uma dama de companhia, ou melhor, uma escrava. Para ela, ter a posse de outra pessoa era algo inadmissível! Sendo assim, ela fez tudo que estava ao seu alcance devolver ou se desfazer deste presente. Tudo em vão. Sim, desde tão nova Sarah já tentava fazer a diferença. Se fosse homem e se esquecesse das questões antiabolicionistas, ela poderia ter dado muito orgulho a sua família. Ela gostava de estudar, e tirando um pequeno problema para falar em publico, ela expressava suas opiniões muito bem. Mas era uma mulher e por isso envergonhou sua família ao se expressar e defender os escravos.


Hetty “Encrenca” Grimke tinha 10 anos quando encheram ela de laços cor de lavanda e a levaram para a sala para ser dada como presente a Sarah. Ela também não gostou de ser afastada da mãe e de ter que servir na casa grande. Mas que validade a opinião de uma escrava tinha? Nenhuma. Encrenca era filha da costureira da família e era tão tinhosa quanto a mãe. Orgulhosa e com a língua solta, ela sempre se metia em confusão. E quem disse que ela se importava com isso? Ela queria era viver além das migalhas que lhe eram oferecidas.

A história começa a ser narrada em 1803 e vai até 1838, sendo o livro dividido em 6 partes que discorrem, cada uma, sobre um determinado período da história. Ele começa na infância e termina na fase de meia idade delas, mostrando ao leitor as barreiras e aventuras que cada um enfrentou em suas vidas e o rumo que cada uma seguiu. Apesar de a autora ter uma escrita muito gostosa, foi difícil me prender a leitura. Em alguns momentos eu devorava cada páginas, em outros eu tive que lutar contra a vontade de pegar outro livro. Esse foi o único motivo para eu não ter dado 5 estrelas ao livro.

O que mais me surpreendeu quando eu finalizei o livro, foi saber que 80% dos personagens são pessoas reais. Pessoas que não existiram, mas que fizeram a diferença neste mundo! A autora fez uma enorme pesquisa ao escrever esse livro, mas ele não é uma bibliografia de Sarah Grimke, apenas uma história muito inspirada em sua vida. Ele se manteve fiel aos acontecimentos da vida de Sarah – como o fato de ter ganhado uma escrava -, mas se permitiu modificar algumas datas para que eles se encaixassem melhor ao seu enredo e claro, como isso é uma história de ficção, muitas passagens são criações dela.

Eu não sou uma pessoa muito ligada a politica ou a história, mas sou um ser humano e só de pensar em todas as atrocidades que eram cometidas naquela época, o meu sangue ferve. E não falo apenas dos escravos. Era uma época onde não existia o direito de expressão, onde não era permitido pensar fora da caixa e se fosse você fosse uma mulher, nem pensar era permitido a você.

Portanto, esse é um livro que eu indico a toda e qualquer pessoa, mas se você gostaria de conhecer mais sobre o período da escravidão ou curte politica e história, esse é um livro imperdível para você.

9 comentários

  1. Não me interessei muito por ler este livro de inicio, não curto política e tenho certo problema com romances históricos!! Mas agora que conheci um pouquinho melhor as personagens e o contexto, quem sabe??! hahaa. Elas parecem interessantes, mas quando você diz que se forçou a ler algumas páginas foi porque??! Fiquei com medo pois odeeio ficar presa a alguma parte de um livro :/ .. Beijinhos.

    respirelivros.blogspot.com.br

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  2. Olá, tudo bem?
    Aprecio romances históricos e fiquei abismada por nunca ter ouvido falar nesse livro.
    Adorei sua resenha e obrigada, pois fiquei curiosa pra lê-lo. Um livro que, bem, não é um romance em si, mas fala muito claramente sobre a escravidão é o "Doze anos de escravidão". Ele é ótimo.

    Beijos.

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  3. Que história mais emocionante, essa pegada de escravidão, mesmo a gente estando longe da realidade é muito tocante, a gente se sente nos tempos áureos da pobreza de espírito do ser humano, onde ter dinheiro significava ter pessoas. Aff, já me imagino chorando litros e me vivenciando naquelas linhas. Sei que o propósito da leitura nem é esse, mas já amei!!!

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  4. Não curto muito o gênero, mas esse livro eu até leria, eu fiquei sabendo que alguns personagens realmente existiram, mas eu nunca tinha ouvido falar.

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  5. O século,o enredo,os personagens..tudo me encantou! Primeiro,tudo que tem alguma relação com a História me interessa,não seria diferente ao escolher meus livros e além desse fato,o que me chamou bastante a atenção no livro é o jeito de Sarah pensar em uma época de mentes tão fechadas ela tinha pensamentos tão evoluídos,quanto ao livro,isso foi o que mais me chamou atenção.

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  6. Oi, eu quero muito ler esse livro, ele parece ser muito bom, gosto de livros que contam fatos que realmente aconteceram, e eu curto livros que falam da escrevidão, pois acho bom ter conhecimento, de como nos negros eramos tratados graças a Deus não é mais assim, porém há muito preconceito, creio que esse livro tenha muito o que nos ensinar, e eu pretendo ler ele o mais breve possível.
    Beijos!!!!

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  7. Oi Dreeh, Amei o blog! Eu nao leio muito livros com esse tipo de contexto, pois é muito forte o assunto da escravidão e principalmente envolvendo crianças, sei que nessa epoca era aceitevel, mas eu fico revoltada quando leio um livro assim, nao sei você, mas de cara eu já penso que a leitura vai ser massante dai eu nem leio, mas pela sinopse amei a capa e o nome do livro tem tudo haver, pois elas estao em busca da liberdade, logo o nome do livro é a "invenção das asas" O.O caramba, 80 por cento reais! Dai que eu fico com mais duvidas para ler, pois isso aconteceu de verdade #revoltada o meu sangue ferve tambem, sendo tambem com os mesmo motivos seus: "direito de expressão, onde não era permitido pensar fora da caixa e se fosse você fosse uma mulher, nem pensar era permitido a você." Agradeço a Deus por ter nascido nesta sociedade que esta agora, nao é bom, mas é muito melhor que a que as mulheres viviam antigamente. Eu sinceramente nao leria, mas a sua persuasão é muito boa viu hahah bjinhos

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  8. Como já falei =) Este livro é incrível, fantástico.
    Toda essa história que ele retrata, nossa... é muito, mas muito mesmo, emocionante. É impossível você não se sensibilizar com os personagens.

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  9. Ok ok eu tinha lido lá nos post que era para ler os post do mês de MARÇO e agr vou ter q ir contra o tempo para conseguir ler esses post todos desse mês, que bosta para que eu fui bagunçar tudo, tá que eu ia ler de qualquer forma, mas caramba agr é impossível de eu participar affs...Assim como é impossível eu ganhar com minha falta de sorte, mas msm assim vou tentar.
    Falando da resenha, achei bastante interessante, porque eu sempre gosto de livros que conta uma historia que era totalmente real ou apenas meio real sabe...E tbm não sou ligada a nada referente a política...Mas em resumo achei bem interessante, e se tivesse a oportunidade de ler eu leria, e outra coisa que gosto e quando o livro vai passando os anos sabe...
    Bjs bjs e até.

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