08 abril 2014

Resenha - Sonhe Mais, Jai Pausch

Jay Pausch passou por um trauma- a perda do marido para um câncer de pâncreas. A enfermidade de Randy Pausch também destruiu as verdades e as certezas em que Jay acreditava. Pega de surpresa pela doença, que avançou rapidamente, Jay Pausch precisou inverter suas prioridades. Acostumada a cuidar da família, percebeu que aquele era, também, o momento de cuidar de si mesma, porque, do contrário - caso fraquejasse -, sua família não sobreviveria. E, apesar de todas as alterações pelas quais passou, foi capaz de registrar a maior parte de suas experiências, dúvidas e medos. Este registro acabou se constituindo num relato vigoroso sobre como a morte muda o relacionamento entre as pessoas e sobre como é possível sobreviver, passo a passo, a essas mudanças.

SÉRIE: Volume Único
AUTOR: Jay Pausch
EDITORA: Novo Conceito



EDIÇÃO: 2013
PÁGINAS: 256



CONCEITO: 5 estrelas
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Uma história real sobre a luta contra uma das piores e mais temida doença da atualidade: o câncer. Jay Pausch conheceu seu futuro marito, Randy Pausch, por acaso, foi amor à primeira vista. Eles foram, por alguns anos, um casal feliz construindo sua família. Infelizmente em agosto de 2006 Randy teve um câncer de pâncreas diagnosticado. Como é comum nesse tipo de câncer, a doença já estava em um estágio avançado, mas isso não impediu que ele procurasse todos os tratamentos possíveis.

Dados os fatos, Jay precisou modificar sua rotina e prioridades para conseguir estar ao lado de seu marido neste momento tão delicado. Ele teve que aprender a lidar com os efeitos colaterais que essa doença causou na sua família e nela própria. Pensar em si mesmo, numa situação dessa, não é um ato de egoísmo, mesmo que possa parecer, é uma necessidade e ela teve que aprender a lidar com isso também, pelo bem dos seus filhos.

Jay fala de amor que eles sentiam um pelo outro, dos obstáculos que tentaram ultrapassar durante a luta contra o câncer, da importancia do apoio da familia e dos amigos durante essa faser e da superação que é conviver com a dor da morte do amor da sua vida não e mesmo assim seguir em frente.

Uma vez, ouvi um médico especialista em cuidados paliativos dizer que uma das coisas mais difíceis pelas quais a família passa é assistir ao ente querido viver com a dor e o desconforto causados pelo câncer e seu tratamento. Concordo plenamente. (pág. 59)

No dia mundial do combate ao câncer, nada melhor do que falar de um livro que retrata de forma tão humana essa doença devastadora. Eu tardei bastante tempo para iniciar essa leitura. Uma história real, com uma situação triste como essa não enchia meus olhos. É muito mais fácil ler uma ficção, onde tudo tende a acaba bem quando você fecha o livro, concordam? Mas graças ao desafio literário que estou participando eu decidi embarcar nessa leitura que é uma forte candidata a entrar no top de melhores leituras do ano.

O que mais me chamou a atenção foi o fato de ele ser escrito por um “coadjuvante”. É comum acompanharmos a história do ponto de vista da pessoa enferma – o próprio Randy escreveu um livro enquanto estava doente para compartilhar um pouco de sua experiência -, mas raríssimas vezes podemos acompanhar o quão difícil à situação é para o acompanhante. Eles se que acompanham em todo o tratamento, servindo de porto seguro, e na maioria das vezes calados. Afinal de contas, o que se poder fazer quando a pessoa que é tudo para você está morrendo e você está de mãos atadas? Sua situação é ruim, mas a da outra pessoa é tão ruim quanto. Em vários momentos meu me questionei: “e se fosse eu?”, “como eu agiria nessa situação?”. Não consegui imaginar...

Eu fiz muitas marcações ao longo da leitura que me fizeram refletir e eu gostaria de dividi-las com vocês.

O paradoxo que eu não conseguia perceber na época era que meus esforços para cuidar de meus filhos e de meu marido seriam destruídos pela exaustão. Meu erro foi tentar viver como vivíamos antes do câncer. A maneira como eu abordava cada aspecto de minha vida normal teria que mudar dramaticamente. (pág. 72)

Após mese de preocupação e medo depois de viver à sombra e testemunhar sua dor de abir mão da vida, a morte de Randy foi um alívio para mim. Podia deixa-lo partir ou, pelo menos, deixar partir o papel de cuidadora dele. Podia para de tentar salvar meu marido, fazendo-o passar por tratamentos experimentias; podia passar com minha obsessão sobre as alterações diárias do estado de saúde dele; podia parar de me preocupar (...). O fardo de mantê-lo vivo, que pesava terrivelmente sobre mim a cada dia, agora se fora. (pág. 164)

A Editora fez um belo trabalho gráfico aqui. A capa possui uma textura diferenciada com o título em alto relevo. Ficou simples, como deveria ser, e mesmo assim belíssimo!

Nem em um milhão de anos eu conseguiria escrever uma resenha que fosse a altura deste livro. Evitei falar muito para que vocês possam ter alguma surpresa durante a leitura – já que o final nós já sabemos. É um livro recomendado a todas as pessoas, em especial a quem está passando por essa situação. Espero que ele possa dar forças a muitas pessoas pelo mundo.

Agora, quando as pessoas dizem para mim: "Não sei como você fez tudo aquilo", respondo com orgulho: "Com bastante ajuda de muitas pessoas maravilhosas". (pág. 78)

2 comentários

  1. Oi Dheeh, tudo bem?

    Eu adoro esse tipo de livro: reflexivo, emocionante, repleto de lições de vida. Mas confesso, com o tema é câncer eu fico muito emotiva e acabo evitando esse tipo de história. Ainda assim, fiquei curiosa e acho que vou tentar ler o livro logo. Afinal, é um 5 estrelas né? rsrs

    Beijos,

    Pah - Livros & Fuxicos

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  2. Oie...Boa noite, e caramba estou nesse blog desde das 6 das manha kkkkkkk
    Bom tbm amo esse tipo de livro, que retrata algo real,que mostra as dores, as angustias, os temores, os momentos de alegria de pessoas reais sabe, acho que tudo se torna melhor ainda...
    Bjs bjs

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