12 agosto 2013

Semana Especial Percy Jackson - O verdadeiro Perseu


Muitas pessoas confundem o Percy Jackson com o Perseu da mitologia. Eu sinceramente não sei o porquê, pois isso é explicado no livro/filme Percy Jackson e o Ladrão de Raios. Percy é filho de Poseidon com uma mortal, e tem esse nome em homenagem a Perseu, filho de Zeus com a princesa mortal Dânae.

Nesta semana iremos conhecer um pouco mais sobre o mundo que envolve Percy, e no post de hoje vamos conhecer a história de Perseu. Desde já aviso que na mitologia tudo acontece simultaneamente, e se eu for me aprofundar em todos os fatos nunca acabaria este post rs, por isso me limitei a história central, entrando em poucas explicações detalhadas.

O MITO DE DÂNAE 
Dânae era filha de Acrísio, rei de Argos, e de Eurídice. Segundo seu mito, ela foi aprisionada, ainda virgem, pelo pai em uma torre de bronze (segundo a tradição pode também ter sido num quarto subterrâneo, cujas paredes se ergueram em bronze, ou numa caverna) e vigiada pelo seu melhor guarda, com a intenção de que ela nunca viesse a ter filhos. Essa atitude se deu após o Rei Acrísio descobrir – através de um oráculo – que seria morto por seu neto, filho de Dânae.
Apesar de todos os cuidados Acrísio não consegue evitar que Zeus se apaixone por sua filha, e este consegue entrar no edifício através de um orifício no teto; em forma de uma chuva de ouro ele cai sobre Dânae e a fecunda. Assim Perseu foi gerado.
Quando Acrísio descobre esse fato, ordena que mãe e filho sejam lançados ao mar dentro de um baú de madeira para que assim eles possam morrer, mas sem atrair a ira de Zeus para si, afinal as águas os iram matar, e não o próprio Acrísio.
Mas as coisas não acontecem como o planejado e Poseidon – a pedido de Zeus – acalma as águas e ambos sobrevivem, sendo levados para a ilha Sérifo. Lá eles são resgatados por pescadores e levados ao monarca local Polidectes, mas quem os acolhe é Dites – irmão do monarca. Assim Perseu cresceu forte e saudável, porem após alguns anos, o Rei Polidectes se apaixona por Dânae, mas, com medo que seu filho se oponha, lhe manda em uma missão perigosa – matar da Medusa -, com o intuito de que ele fracasse. Perseu cumpre sua missão com êxito, e no seu retorno são realizados os Jogos Atléticos em Lárissa. O Rei Acrísio encontra-se na platéia sem saber que Perseu é seu neto. Em uma das competições Perseu lançou seu dardo (ou disco) que foi lançado a uma distancia excepcional por causa de uma rajada de vendo atingindo e matando Acrísio. E a assim a profecia se cumpriu.

PERSEU E MEDUSA
Perseu foi atrás da Medusa com o intuito de livrar sua mãe das garras do Rei Polidectes. Mas ele precisaria de ajuda para obter êxito e Zeus se certificou de que ele a teria. Atena deu a ele um escudo muito bem polido – tanto que parecia um espelho – podia se ver o reflexo ao olhar para ele. Hades lhe deu um capacete que torna invisível quem o usa e Hermes deu a ele suas sandálias aladas, três objetos que foram definitivos para a vitória de Perseu. E assim Perseu foi guiado pelo reflexo do escudo – não olhando diretamente para ela – conseguindo cortar a sua cabeça, e depois a oferecendo a Atena. Decapitada, Medusa deu a luz ao cavalo Pégasos e ao gigante Crisaor – seus filhos com Poseidon. As irmãs de Medusa –Esteno e Euríale – perseguem Perceu, mas ele consegue escapar graças ao capacete de Hades.

(Medusa foi uma bela donzela sacerdotisa do Templo de Atena. Um dia ela cedido às investidas de Poseidon, deitando-se com ele no próprio Templo de Atena. Irada, Atena transformou o belo cabelo da donzela em serpentes, e deixou seu rosto tão horrível de se contemplar que a mera visão dele transformaria todos que o olhassem em pedra)

PERSEU E ATLAS
Depois de matar a Medusa, Perseu voou com as sandálias aladas de Hermes para casa carregando a cabeça dela. No seu caminho de volta para casa, encontrou um lugar para descansar pela noite. Essa eram as terras do Titã Atlas. Apesar de ter dito quem era seu pai e do seu feito ao decapitar medusa, Atlas se lembrou de uma velha profecia, onde lhe roubariam suas maças de ouro – que eram plantadas em seus jardins -, e não aceitou Perseu como hospede. Ao perceber que o Titã era muito grande para que ele pudesse enfrentar, tratou de lhe mostrar um presente. Quando olhou para a cabeça de Medusa, Atlas começou a petrificar e seu corpo se tornou uma montanha, sendo suas barbas e cabelos as florestas e sua cabeça o cume. Atlas passou a aguentar o peso dos seus sobre si.

PERSEU E ANDRÔMEDA
Continuando seu voo para casa, Perseu sobrevoou um país cujo Rei era Cefeu. Sua esposa, a Rainha Cassiopéia, tinha muito orgulho de sua beleza, mas cometeu o grave erro de se comparar com as ninfas marinhas. Estas ficaram iradas e mandaram um terrível monstro devastar o litoral do país. Aconselhado por um oráculo, o Rei ofereceu a sua filha Andrômeda para ser devorada pelo monstro, na intenção de que assim acalmar as divindades. Ao ver aquela linda donzela amarrada, exposta ao mar ele foi até ela lhe questionar o motivo de estar ali, ela com receio de receber a culpa por algo que não fez, começou a contar a ele, mas antes que pudesse terminar, ouviu-se um ruído vindo das águas e logo o terrível monstro marinho apareceu. Sem tempo para maiores delongas, Perseu pede aos reis – que estavam aflitos por não poder ajudar a filha – para que seja seu pretendente caso consiga salva-la. Com o consentimento deles, e tendo a princesa como premio, Perseu parte para cima do monstro marinho – usufruindo da sua habilidade de voar – e com muito esforço consegue derrota-lo. Feliz, Cefeu preparou um banquete  no palácio, e tudo ia bem até o noivo  de Andrômeda – Frineu – aparecer e requere-la para si. Frineu atacou Perseu, mas fugiu e deu sinal para que os que lhe acompanham atacassem os convidados de Cefeu. Apesar de sustentar a luta desigual por algum tempo, Perseu percebeu que eles poderiam ser derrotados, e assim lançou mão de seu trunfo – a cabeça da Medusa – e petrificou todos os que o haviam atacado injustamente, inclusive Frineu.


Todas as informações foram retiradas do O livro de ouro da mitologia – histórias de deuses e heróis do autor Thomas Bulfinch, exceto as que assinalam o contrario.

6 comentários

  1. Ual que ótima matéria!
    Eu nem sabia que era Perseu o responsável pela maldição de Atlas.. O mito de Dânae eu conhecia, mas não dessa forma, acho que vão surgindo pequenas mudanças com o tempo, né? :D
    Adorei a ideia de fazer um post explicando que Percy não é Perceu .. muita gente mesmo confunde os dois, apesar de ter o mesmo nome, são completamente diferentes.

    Beijos ;*
    Mari Siqueira
    http://loveloversblog.blogspot.com

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  2. Oi meninas...
    Adorei a matéria. Eu não os Percy ainda, mas sei que vou adorar. Eu digo que não curto esse lance de mitologia, mas quando leio me envolvo tanto que adoro...haha

    Beijão

    TeLa
    http://www.penseiraliteraria.com.br/

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  3. Adorei a ideia que você teve, também não sei como o pessoal confunde os dois, mas fazer o q ?!

    bjos

    Pah - Lendo e Escrevendo

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  4. Oiee, que mega esse post.
    Eu gosto de mitologia e sua história, como vc falou não entendo as pessoas confundirem se no livro e filme explica.

    Beliscões carinhosos da Máh-
    Cantinho da Máh
    @Maaria_Silvana


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  5. Hey, devo confessar que não entendia muito sobre isso, minhas amigas amam me mitologia e me influenciam! heueheue...
    Amei o blog <3
    Beijos

    http://blogvermelhovintage.blogspot.com.br/

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  6. Eu sei que esse post é sobre Perseu, e adorei saber um pouco mais sobre ele, mas preciso dizer que amo os mitos de Hades e Perséfone e de Eros e Psique. Procura por eles quando tiver um tempo. Beijos mil. Mi

    www.recantodami.com

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